quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Anarquismo como uma proposição hodierna


Centro Universitário Claretiano









Anarquismo como uma proposição hodierna











Paulo Rogério Sousa Santos

Santo André
2011


Resumo
Este trabalho tem o objetivo de demonstrar o ideal anarquista sem a alcunha de utopia impossível que há muito tempo é propagandeado através de livros de história mal elaborados e vulgarizado por políticos e intelectuais, burgueses, fascistas e Marxistas, na intenção de desmerecer esse ideal que se impõe a suas ideologias. O conceito de anarquismo já é trabalho de diversas pesquisas acadêmicas, o que resgata suas características e princípios, o que é um trabalho de grande resgate histórico, não apenas para referenciar fatos, mas sim resgatar idéias que são fruto do desenvolvimento humano e do aperfeiçoamento social.
Proponho demonstrar esses ideais através da visão dos autores de maior influência na formatação do ideal anarquista e suas soluções para os problemas de natureza político filosófica.
Apresentar os ideais anarquistas através da bibliografia dos teóricos libertários de maior expressão, e através dessa dissertação demonstrar a contemporaneidade desse ideal e seus acrescimentos para a solução dos problemas humanos e a formatação de uma sociedade melhor arquitetada.

Palavras chave: anarquismo, organização social, liberdade

Sumário




Introdução


Este trabalho demonstra a inquietação dos pensadores e intelectuais anarquista que desenvolveram trabalhos importantes no intuito de pensar um ideal social que de fato se comunicasse com a realidade dos agentes sociais e pode-se proporcionar melhor condição de vida para as pessoas em uma ação voltada para igualdade e justiça social. Ideal esse que propõe um diálogo constante com a realidade vivenciada e sendo ajuizadas suas premissas na medida em que venham sempre a servir a sociedade na justeza de suas necessidades e desejos.
A questão política não é um problema novo a ser analisada pela filosofia, essa preocupação tem um histórico semelhante à própria história da civilização humana, no entanto os conceitos passam a ser vistos do pelo prisma da filosofia a partir das indagações de diversos pensadores e intelectuais durante a história.
Procurando assim, através dos trabalhas dos teóricos anarquistas como Bakunin, Proudhon e Kropotikin, expor as ideias politico filosóficas do anarquismo e suas principais características e proposituras. Convencionando um diálogo entre os conceitos desses autores no intuito de proporcionar uma compreensão de como o anarquismo foi idealmente perpetrado pelos teóricos anarquistas, bem como foram compostas as premissas desse ideal.


Proudhon critica para uma nova perspectiva


Para inicio desse trabalho apresento as idéias de Proudhon e sua critica a política econômica e as relações sociais que contrariam os princípios de igualdade, onde o filosofo passa a compor suas proposições contra o sistema político de sua época e compor sua proposições.
O que é a propriedade? Assim com esse questionamento Proudhon inicia sua tese, a pergunta feita pelo filosofo é pouco intrigante em sua formação, porém a resposta que ele nos apresenta é para muitas pessoas inusitadas. A propriedade é um roubo diz Proudhon, sim um roubo e a ainda mais espantosa é a comparação de que o proprietário é um criminoso visto a analogia feita pelo pensador, onde a escravidão é comparada a um assassinato e a propriedade a um roubo, ambos considerados (assassinato, roubo) crimes segundo o estado de direito.
Proudhon faz uma distinção entre propriedade e posse, a posse é um direito comum a todos, a propriedade é que é uma irregularidade, se toda a sociedade e compreendida entre um acordo entre iguais o proprietário que arrenda sua propriedade e cobra do arrendatário uma porcentagem da sua produção demonstra ai o desequilíbrio e a irregularidade se torna clara. Como pode quem não trabalha se beneficiar do lucro da produção de outro, não obstante o estado e a igreja apóiam e reivindicam ter direito a parte desse lucro, recaindo sobre o trabalhador pesado fardo sobre condição de impostos, dízimos e outras modalidades e confisco.
 “O operário civilizado, que dá o seu trabalho por um bocado de pão, que constrói um palácio para dormir numa estrebaria, que fabrica os tecidos mais ricos para usar andrajos, que produz tudo para abdicar de tudo, não é livre. Não sendo seu associado pela troca de salário e de serviços, o patrão para o qual trabalha é seu inimigo” ( O que é propriedade Proudhon?, 1975,p.116)
A organização social tem que ser livre para que a igualdade seja assegurada os meios de produção e os demais benefícios que um ajuntamento de pessoas possa proporcionar devem ser divididos da forma mais justa possível e a diferença entre as pessoas não deve existir, apoiando sua genialidade na liberdade e na igualdade os homens devem redefinir seus costumes e sua conduta moral, sem as discrepâncias proporcionadas pela propriedade privada e os privilégios econômicos que ela proporciona.
O proprietário não apenas se apropria do produto do trabalho de quem realmente produz como exige valor e tempo específicos a fim de sanar a sua usura.
O costume e as leis não são pautados na justiça, mas na consideração da defesa da propriedade, que consome a sociedade pelos seus princípios sem lógica e suas práticas injustas. No que salienta o pensador a justiça tem como premissa irrevogável a igualdade, não apenas a igualdade de ação concomitantemente a igualdade de condições. A razão e a lógica que Proudhon lança mão definem em suma o fato concreto de que o direito ao lucro é em outras palavras o direito ao roubo, confisco e apropriação indevida do esforço e trabalho alheio.
A propriedade consome o fruto do trabalho por usura e não por necessidade, e esgota o trabalhador impossibilitando seu progresso, o que define a sociedade com base na propriedade como inviável no que toca a justiça e a igualdade. “A propriedade é impossível; a igualdade não existe. A primeira nos é odiosa e queremos destrui-la: a segunda absorve todos os nossos pensamentos e não sabemos concretizá-la.” (Proudhon, idem, 1975, p.195)
Para que se estabeleça igualdade de direitos e deveres a liberdade deve ser o ponto de partida a convergência social, a liberdade deve ser à base da sociedade não a propriedade. A distinção feita por Proudhon entre propriedade e posse demonstra sua compreensão sobre o uso da terra, a terra deve ser de quem nela produz, bem como as fábricas e os meios de produção aos que deles fazem uso, e engrandecem a sociedade com seus resultados. A presença do proprietário é a de um ser estranho e de certa forma uma abstração surreal do processo produtivo.
A essência da organização social é a liberdade, e a única forma de assegurar a justiça e a igualdade social tornando equânimes as relações entre os entes sociais e possibilitando uma comercialização justa entre os centros urbanos e os trabalhadores agrícolas.
A posse deve ser individual, nos indica Proudhon, o que torna a propriedade ilegal ação que por si só modifica todas as relações econômicas da sociedade, tornando mais justa à distribuição de terras e moradias, proporcionando a todos de forma igual o direito de ocupar variando de acordo com o numero de ocupantes na intenção de impossibilitar a propriedade, o trabalho passa a ser um dever de todos e o resultado do emprego dessa força de trabalho passa a ser propriedade coletiva.
 No que conclui, o trabalho acaba com a propriedade e a exploração do homem pelo homem. As transações comerciais devem se feitas na medida da troca do produto pelo produto, impossibilitando uma renda desproporcional nas transações comerciais, toda troca dever ser feita de forma livre e equivalente entre os interessados, observando essas condições a desproporcional diferença entre ricos e pobres deixara de existir e problemas como a escassez de alimentos será coisa do passado. O homem sozinho não produz nem mesmo para suprir todas as suas necessidades, mas em grupo ultrapassa as necessidades econômicas.
Por intermédio de livre associação e cooperação mutua com a manutenção da igualdade de direitos e deveres preservando a liberdade individual é, com efeito, a única maneira de se promover uma sociedade justa e igualitária.
Segundo Proudhon,
IX. - A associação livre, a liberdade que se limita a manter a igualdade nos meios de produção e a equivalência nas trocas é a única forma possível de sociedade, a única justa, a única verdadeira
X, - A política é a ciência da liberdade: o governo do homem pelo homem, qualquer que seja o nome que se lhe atribui, é opressão; a maior perfeição da sociedade encontra-se na união da ordem e da anarquia. ”( Proudhon, ibidem, 1975,p.247)
Não existe possibilidade de justiça em uma sociedade onde a base econômica é a propriedade e a desigualdade produzida por essa forma de economia que gera pobreza e riqueza de forma diretamente proporcional, o governo de poucos sobre os demais é mantido pela ação violenta do estado e de suas instituições. A organização social deve ser pautada em uma política de liberdade e igualdade que terá como conseqüência justiça social, a busca por uma sociedade perfeita tem como base de apoio a fusão entre a ordem e a anarquia.


Organização social, proposições de Bakunin


Para nos auxiliar na compreensão da fisiologia da organização proposta pelos teóricos anarquistas analisamos as proposições de Bakunin.
As idéias de Bakunin se opõem a instituição de um poder centralizado e da fragmentação das organizações revolucionárias, tornando sua idéia ao mesmo tempo contraditória e inovadora, sua proposta inclui uma dialética organizacional, o que seria um embrião para o federalismo libertário, o coletivismo de Bakunin não propõe uma organização modelo, mas sim aponta que a organização revolucionária deve ser feita por alianças sociais de forma ampla e aberta tanto no âmbito regional como de forma macro e internacional.
“É próprio do privilégio e de toda posição privilegiada matar o espírito e o coração dos homens. (..) Eis uma lei social que não admite nenhuma exceção e que se aplica tanto a nações inteiras quanto às classes, companhias e indivíduos. E a lei da igualdade, condição suprema da liberdade e da humanidade.” (Deus e o Estado, Bakunin, p.25)
A sociedade somente pode se desenvolver de forma plena através do empenho coletivo e da manutenção da igualdade e liberdade.
Para que a liberdade de fato se estabeleça na sociedade é necessário que os meios de produção e os diversos setores da sociedade sejam gestados pelos seus membros de forma direta, através de associações de trabalhadores quer sejam do campo ou urbanos da indústria ou dos diversos setores necessários a manutenção da economia e dos serviços pertinentes a satisfação das necessidades da sociedade.
A sociedade deve estar de tal maneira organizada que todos os indivíduos tem que ter garantidos recursos para a sua manutenção e o seu desenvolvimento tanto para o trabalho como para as suas necessidades individuais para o pleno desenvolvimento de suas faculdades intelectuais e físicas. A preocupação com a formação de grupos gestores é para que não haja novamente a exploração do trabalho alheio e prerrogativas econômicas a grupos que desfrutam da riqueza social sem participar da produção dessa riqueza diretamente.
Que a terra seja de quem cultiva a terra e as fábricas de quem trabalha nas fábricas, essa é a configuração do plano econômico proposto por Bakunin, um processo de autogestão nas fábricas e nas associações rurais.
O que configura o ponto principal do coletivismo de Bakunin é disponibilização dos bens e riqueza produzida pelos trabalhadores quer sejam do campo ou urbanos, a todos os membros da sociedade, reivindicando a provisão das necessidades dos indivíduos sociais desde sua infância, sem distinção de gênero ou faixa etária, todos os indivíduos devem ter suas necessidades garantidas a partir de seu nascimento. Porém é proporcionado a cada membro da sociedade condições para desenvolver e executar trabalho produtivo, de modo a auxiliar (de acordo com sua capacidade), na manutenção das necessidades da coletividade. A máxima coletivista tudo é de todos engloba o dever como sendo também de todos, a exploração do trabalho alheio é inaceitável na visão coletivista.
A necessidade de uma mudança radical na configuração econômica e social, para que haja uma real emancipação dos trabalhadores da servidão a que estão submetidos pelo sistema capitalista. A relação patrão e empregado senhor e escravo deve ser extinta de forma definitiva, em todas as suas manifestações e configurações que se apresentaram durante a história das civilizações. O poder político que é efeito causador dessas desigualdades, por manter e defender as classes dominantes e propiciar as prerrogativas dos grupos que se estabelecem no poder deve ser aniquilado do meio da sociedade. Somente assim a sociedade pode caminhar para o socialismo verdadeiramente.
De acordo com o entendimento de Bakunin, para que o povo de fato possa se emancipar e tornar-se livre definitivamente do estado, se faz necessário a aquisição do conhecimento, através da educação.
“(..)a igualdade dos meios de desenvolvimento, isto é, de alimentação, instrução e educação em todos os meios da ciência convencido que isso terá por resultado que a igualdade somente econômica e social em princípio, chegara a ser também intelectual, fazendo desaparecer todas as desigualdades fictícias(..)” Bakunin, aput, Valverde, p.65)
A educação para Bakunin não é apenas a simples democratização dos entendimentos e saberes adquiridos pela humanidade durante a história, a educação é plena completa proporcionando ao individuo total compreensão de como ele deve se situar dentro do corpo social, e ser capaz de gerir sua própria vida e fazer suas escolhas de acordo com suas predileções. A educação deve ser completa no que se refere à formação intelectual e nos valores individuais e na cultura.
Não se faz escolhas sem ter informação, e não é possível compartilhar as escolhas sem ter educação. O conhecimento é para Bakunin um agente libertador, que proporciona a seu detentor condições para exercer sua liberdade de forma plena.
Dentro dessa perspectiva existe uma proposição, que por meio da educação, possa haver uma mudança na consciência dos trabalhadores, dando a população ferramentas para levar adiante uma revolução sociocultural.
“(...) devemos repudiar a hereditariedade fictícia da virtude, das honras e dos direitos, assim como a da fortuna. O herdeiro de uma forma qualquer não é mais o filho de suas obras e, em relação ao ponto de partida, é um privilegiado.
A abolição do direito de herança é fundamental para a abolição das classes sociais, pois enquanto houver um grupo que detém a propriedade e a transmite para seus filhos, a divisão entre uma classe proprietária e a classe dos deserdados permanecerá.
A eliminação da divisão entre trabalho intelectual e manual Uma outra transformação econômica é a eliminação da divisão entre trabalho intelectual e trabalho manual. O trabalho intelectual, que é apropriado pelos privilegiados capitalistas, compreende “(...) as ciências, as artes, a idéia, a concepção, a invenção, o cálculo, o governo e a direção geral ou subordinada das forças operárias”. (BAKUNIN, 1999, p. 99. aput, Anarquismo Coletivista, 2005.)” <http://pt.scribd.com/doc/22741378/O-Bakuninismo-Anarquismo-Coletivista>
Na medida em que as pessoas possam compreender o seu papel na sociedade e sua verdadeira condição dentro de um sistema baseado na exploração do trabalho e na divisão injusta dos bens de consumo e riquezas produzidas pela sociedade, os anarquistas como Bakunin acreditam que a mudança dos valores ocasionara uma revolução social verdadeira e profunda.
A crença na mudança motivada pela conscientização do povo e no desejo positivo das pessoas em fazer o melhor para si e para os seus semelhantes é uma característica marcante do coletivismo libertário de Bakunin, no que rejeita qualquer forma de direcionamento ou vanguarda intelectual que venha a conduzir a revolução.
O principio da não doutrinação é explicito nas proposições de Bakunin, outro sim é sua crença na natureza humana em evoluir e conspirar para uma sociedade melhor e mais justa, essa crença que Bakunin expressa em seus escritos é alimentada, em grande medida, pela sua atuação nas frentes de revolucionárias e no ambiente de grandes mudanças e descobertas cientificas, rasgando o véu de Maia em que a sociedade vivia há séculos.
E é nessa dialética que Bakunin apóia sua proposta de federalismo coletivista, com grande dose de otimismo e fé na bondade das pessoas e na mudança através da educação.
“A Aliança se declara atéia; ela quer a abolição definitiva e completa de classes e a igualdade política, econômica e social dos indivíduos de ambos os sexos; ela quer que a terra, os instrumentos de trabalho, bem como qualquer outro capital, tornando-se propriedade coletiva de toda a sociedade, possam ser utilizados somente pelos trabalhadores, isto é, pelas associações agrícolas e industriais. Ela reconhece que todos os Estados políticos autoritários atualmente existentes, restringindo-se cada vez mais a simples funções administrativas dos serviços públicos em seus países, deverão desaparecer na união universal das associações livres, tanto agrícolas como industriais”.
(Bakunin, James Guillaume)
<http://pt.scribd.com/doc/61338471/Bakunin-James-Guillaume>
O que Bakunin aponta como principal fator para que haja uma revolução social, é uma mudança no estado de coisas não apenas na economia ou na política social, mas uma mudança nos valores sociais e nas relações sócio econômicas, uma mudança radical na sociedade uma revolução verdadeira e profunda na sociedade.


A organização libertária segundo Piotr Kropotkin


Por meio da filosofia e das diversas correntes de pensamentos e seus métodos de investigação, podemos inquirir investigar e propor várias formas de saber e como compreender e apresentar as coisas de acordo com o nosso entendimento, na busca pelo conhecimento apurado, testado, avalizado e que mais se aproxime do verdadeiro saber filosófico.
A maneira de como esse conhecimento é fomentada e disseminado na sociedade é que tem uma inferência a versa a simples busca pelo conhecimento e muito mais próxima dos interesses de grupos que detém prerrogativas econômicas e políticas bem como os privilégios de acesso a ciência e a prerrogativas de comunicação e informação.           
Distanciando assim o conhecimento produzido pela sociedade um tanto distante da filosofia com interesses notoriamente classistas e para manutenção do poder de grupos de políticos profissionais a serviço de uma elite que detém o poder econômico, o que submete as investigações cientificas e filosófica, em grande medida, a conveniência econômica e política dessas oligarquias.
Os paradigmas políticos filosóficos, durante a história das civilizações, seguem esse padrão subserviência as oligarquias dominantes com poucas exceções, que quando se manifestam são rechaçadas ou comumente taxadas de insurreições ou levante subversivo.
O anarquismo é uma dessas exceções, onde não configura um pensamento político filosófico voltado para manutenção do poder e nem tampouco das prerrogativas das oligarquias dominantes, mas sim tem o compromisso com uma mudança radical na sociedade visando aprimorar as relações humanas e buscar um melhor entendimento entre a os indivíduos que se propõe a viver em sociedade.
E nessa trilha chama a atenção o trabalho desenvolvido por um pensador russo chamado Piotr Kropotikin, o qual nos serviremos de sua proposições para demonstrar uma das  dificuldades da formatações das políticas filosóficas e suas adaptações na sociedade de forma efetiva, visto a motivação, interesses de classes, como um entrave na configuração de políticas filosóficas que sejam pautadas na busca da melhor forma de se conviver em sociedade de forma justa e igualitária a solidariedade não seja uma conveniência, mas sim uma cultura.
As considerações de Kropotkin começam por referenciar a mudança que passou a sociedade humana durante o processo civilizatório desde sua vivencia nas cavernas até a idade moderna, apontando principalmente a sua conduta em relação ao acumulo de bens e a herança.
Se todo o avanço da civilização é participado pela história da humanidade como um todo e do esforço de todos em comum, por que o beneficio é regrado e propiciado apenas há uma pequena parcela da sociedade? Não faz o menor sentido que se possam negar a ninguém as conquistas adquiridas por todos, dando a algumas prerrogativas e a maioria nada sendo servido. 
A propriedade privada invenção imoral que permite a determinados grupos sociais se apropriar da riqueza produzida por outros para si. O que chamou Proudhon de roubo é o que ocorre na sociedade moderna com o aval do Estado e ratificada pelas leis, onde o trabalhador não fica com o produto do seu trabalho mais é repassado para o patrão, que de certa forma tomou o lugar do senhor feudal, e o Estado se dedica a providenciar a manutenção e a garantia dos direitos da classe patronal e dos detentores do poder econômico é o capitalismo. . 
“Mas sucedeu que tudo quanto permite ao homem produzir e acrescentar suas forças produtivas foi açambarcado por alguns. O solo, que precisamente saca seu valor das necessidades de uma população que cresce sem cessar, pertence hoje a minorias que podem impedir e impedem ao povo o cultivá-lo ou lhe impedem o cultivá-lo segundo as necessidades modernas. (Kropotkin, 1956, p 6.)”
Os meios de produção foram arrancados dos trabalhadores e tudo passou a ter um proprietário, não sendo possível sobreviver sem se sujeitar a exploração e a venda da sua própria força de trabalho o camponês e o trabalhador urbano se sujeita a produzir para o enriquecimento das elites proprietárias, a lógica econômica não se aplica a prática capitalista já que se produz apenas para avançar no acumulo de riqueza e de lucro dos proprietários e não para sanar as necessidades econômicas da sociedade. O que compromete, em grande medida, a “saúde” econômica do próprio sistema. 
O que ocorre é que devido o sistema se balizado no provento do lucro e da usura de alguns poucos, não se pode produzir com toda a capacidade real, a existência de verdadeiros exércitos de desocupados sobrecarrega os trabalhadores produtivos e sobremaneira a quantidade imensa de atravessadores que não produzem nada, mas ganham com as negociações das mercadorias frutos do trabalho alheio,  o processo produtivo é sobrecarregado com o esquema montado para valorizar o produto na chamada “lei da demanda”  se um produto não tem seu valor acrescido nas infindáveis  manobras do sistema capitalista, o gargalo produtivo faz com que com a escassez do produto esse se valorize no mercado. O sistema com base na elevação do lucro incessante não é um sistema econômico é sim antropofágico, se auto consome.
A proposição de bem-estar para todos, feita pelo anarquismo, é possível se todos esses milhares de parasitas deixem de ser apenas um estorvo social e passem a contribuir com sua força de trabalho e os proprietários  não sejam mais senhores de toda a riqueza produzida pelos trabalhadores. Promover a igualdade de condições e bem estar a todos é perfeitamente possível.
O que nos diz Kropotkin: “O bem-estar para todos não é um sonho. É possível, realizável, depois do que fizeram nossos antepassados para fazer fecunda nossa força de trabalho. ( Kropotkin, 1956, P.7)”
O que se espera da revolução não é uma mudança representativa, mas a tomada dos meios de produção e dos bens de consumo pelo povo e para o povo.  Tomar para si toda a riqueza propicia ao povo conhecer o que é bem-estar, e como é viver na fartura assim como se conhece o trabalho duro e a escassez do que se deseja e necessita.
Como os anarquistas imaginam a possibilidade de uma sociedade igualitária e economicamente possível na forma de proporcionar bem-estar a todos? Essa sem duvida é uma pergunta importante a ser elucidada, e Kropotkin assim como outros teóricos anarquistas nos apresentam várias proposições, entre elas o comunismo anarquista que é justamente a proposição de Kropotkin. No que diz: Toda sociedade que rompa com a propriedade privada se verá no caso de organizar-se em comunismo anarquista. (Kropotkin, idem, p.11)”
Para uma sociedade onde os meios de produção serão de todos, denotando uma mudança total na formatação do trabalho e nas atividades e relações de trabalho, a distribuição dos produtos desse trabalho também tem que sofrer uma mudança radical, não com a forma suavizada de um comunismo de estado (Marxismo), mas se todos tralham então que todos possuam. O fim da propriedade traz consigo essa mudança proporcionalmente, não havendo proprietários cada um tem para si o apenas a posse do que necessita para o seu bem estar, e não sendo pago pelo trabalho ou recebendo bonificações, mas possuindo as riquezas assim como o trabalho é coletivo as riquezas também devem ser.
O anarquismo não compactua com os conceitos retrógrados onde figura a idéia de “estado gestor”, soberano na manutenção do bem estar social e da segurança econômica da sociedade, o mito ideológico não tem reflexo na realidade, a maioria das atividades produtivas da sociedade são desassociadas da gestão do estado, quanto maior a interferência do estado nas atividades econômicas maior à possibilidade de insucesso e fracasso. Em síntese a ação do estado interfere no processo produtivo apenas para confisco e não como provedor e administrador. Os processos necessários para garantir uma nova organização econômica, que faças jus a essa ciência, compreender as necessidades humanas e promover formas de satisfazê-las, terão duras e difíceis, não se modifica uma estrutura social de forma tão radical com mudanças e reformas singelas, é como utilizar pano novo para remendar roupas rotas, com o tempo tudo está rasgado novamente, após sublevar o antigo sistema e apropriar-se dos meios de produção é necessário integrar as ações de trabalho e compondo uma verdadeira conexão entre os trabalhadores do campo e o trabalhador urbano podendo haver através das livres associações trocas de mantimentos necessários para a vida urbana por produtos manufaturados que interessem aos camponeses, a tudo que for abundante que se peguem sem regulação e o que for escasso que tenha comedimento.
Dessa forma que compreendemos a mudança econômica sugestionar sobre a economia não quer dizer padronizar as relações econômicas, porém as livres associações sabem de que forma podem contribuir para a manutenção da sociedade e como pode ser mais bem aproveitado as riquezas da comunidade sem tornar necessárias legislações e penalidades para a execução de tarefas e o bom uso das riquezas produzidas pela comunidade. As práticas burguesas devem morrer com o sistema capitalista, uma nova sociedade requer esforço e vontade de todos, na certeza de se estabelecer o melhor para todos.
“(..) nosso comunismo não é o dos falansterianos nem o dos teóricos autoritários alemães, senão o comunismo anarquista, o comunismo sem governo, o dos homens livres. Esta é a síntese dos dois fins perseguidos pela humanidade através das idades: a liberdade econômica e a liberdade política.” (Kropotkin, idem, p.2)”
Almejando promover uma sociedade solidária onde a liberdade e o respeito às individualidades seja uma prática comum, as ações positivas para elucidar os problemas cotidianos serão reforçadas pela vontade de melhor e avançar para uma sociedade superior.
Não em simbologia e ideologias vazias de propósitos reais, mas superior nas relações e no respeito aos semelhantes, que a igualdade de direitos não passem de letra morta em legislação imprópria, mas de se consolide todos os dias na prática das relações de trabalho e de solidariedade em uma sociedade anarquista.

Conclusão


O anarquismo é uma política-filosofica que tem como base a não aceitação de qualquer tipo de poder e hierarquia como modo de organização social. Com as ações e métodos organizacionais pautados na livre organização e na iniciativa autônoma e voluntária.
O que podemos concluir com as proposições dos pensadores e teóricos vistos até aqui através desse nosso trabalho é o que será exposta a seguir.
Para a formatação de uma sociedade anárquica se faz necessário uma mudança radical e completa do estado de coisas, ou seja, uma revolução social. A forma como se pode instaurar uma sociedade anarquista é uma questão que tem diversas opiniões, cujas proposições deram origem a muitas vertentes desse pensamento político filosófico.
O anarquismo propõe soluções para os problemas de injustiça, autoritarismo e desigualdade social, balizado na idéia de liberdade e igualdade de direitos a todos. Ao recusar qualquer forma de poder e de dominação se propicia a possibilidade da configuração de uma forma superior de organização humana, sem sufrágio universal sem ditaduras ou fascismo. Negando a suposta necessidade de dirigentes ou lideres, que conduzem as massas e representam seus anseios dirigindo a vida de todos.
O anarquismo preconiza que todos são capazes de seguir o seu próprio caminho, onde o direito de cada um seja respeitado e os deveres entendidos como uma relação solidária e necessária para a manutenção do bem comum, onde as atribuições de cada um sempre sejam escolhidas de forma autônoma, sem subordinação a nenhum tipo autoridade constituída ou norma institucionalizada que reprima a vontade do individuo e seu inalienável direito de ser livre.
O principio da não doutrinação é um dos conceitos que diferem o anarquismo das ideologias em geral, não se propões uma doutrina anarquista, mas sim sugestões de como se organizar com base em determinados princípios como a liberdade individual, a igualdade universal e a justiça social. O anarquismo não é uma ideologia pelo fato de não estabelecer doutrina que compromete a realidade social em uma concepção de mundo dogmática embasada em pontos de vista de seus criadores.
Assim como o pensamento é heterodoxo, não havendo limites para o entendimento do mundo e como ele se apresenta para nós, o anarquismo não se limita a uma interpretação absoluta da realidade, o que tornaria seu ideário engessado em uma ideologia, a realidade não se apreende, mas se compreende, se a realidade é heterodoxa as proposições de como a sociedade devem ser organizadas somente podem ser desenvolvidas de forma heterodoxa. Sempre respeitando os princípios de igualdade, liberdade e justiça social.
Cada indivíduo social deve ser capaz de compreender sua função social, responsável pela construção de sua própria razão e dos seus valores, a participação do indivíduo não está apenas na produção de bens de consumo, mas também na construção intelectual da sociedade, seus hábitos sua cultura seus valores éticos e morais. Todos os indivíduos devem possuir ferramentas intelectuais que propicie formular juízo de valor sobre a realidade que participam ter autoconsciência e a liberdade de ser de forma plena.
Se formos de fato o resultado de nossas escolhas somente podemos ser de fato se houver liberdade para a execução das escolhas que fazemos, de forma individual e sem a inferência das imposições feitas através das convenções sociais que são feitas antes mesmo do individuo nascer.
A liberdade de escolha potencializa a própria condição do ser enquanto individuo social, quando compreende que a igualdade se consolidada na comparação do diferente e não pela similaridade, mas sim pela diferença que é próprio de cada individuo e a solidariedade e a ajuda mutuo fomenta a construção de uma sociedade igualitária. Pois é no exercício das nossas diferenças que nos tornamos verdadeiramente igual.
Qualquer forma de governo é vista pelos anarquistas como autoritário e ilegítimo, pois apenas perpetua a dominação e a exploração do homem pelo homem, e mantém as prerrogativas de um a elite dominante em detrimento do resto da população. A política organizacional anarquista é também chamada de socialismo libertário, onde a existência de um governo gestor não é admitida nem mesmo para uma transição de sistema, o que já foi preconizado por vertentes socialistas autoritárias que afirmavam que apenas após uma gestão provisória de um estado operário poderia alcançar condições para uma mudança socialista de fato. De pronto essa ideologia não condiz com os ideais do socialismo libertário, visto que a liberdade não pode ser exercida através do emprego da coação da liberdade, da violência legal de um estado instituído, somente se pode exercer a liberdade na real prática da liberdade, não se socializa por decreto, mas por ação socializadora de todos.
A organização social se da de forma livre e sem normas e regras impositivas, os bens de consumo e as propriedade são socializadas, dentro do entendimento de que se todos trabalham todos tem o direito de usufruir dos bens de consumo produzidos na sociedade. Sem que aja para isso a necessidade de autoridades reguladoras ou qualquer tipo de liderança ou governança, as organizações em todas as esferas sociais devem se feitas de forma livre, e assim como se compõe devem se desfazer, sem pretensas obrigações e imposições desnecessárias ao bom convívio e a manutenção do bem estar social. O que apenas objetiva a garantia plena da liberdade de escolha dos agentes socais, tanto no que vão fazer como irão se associar.
O socialismo libertário tem sua funcionalidade totalmente vinculada à ausência do poder centralizado ou em qualquer de suas manifestações, burocrático ou absolutista, defendendo uma forma de organização pautada na livre iniciativa e na autogestão. O que possibilita assim o exercício real da liberdade individual em condição de igualdade e de forma justa para todos os entes sociais.
As divisões sociais são negativas para a formação de uma sociedade justa e igualitária visto que gera conflitos impróprios para a sociedade e propicia incompatibilidades na coletividade e para a ação solidária, o que torna descartável qualquer tipo de divisão social. Todos devem ser compreendidos moralmente iguais como o são naturalmente, sem que para isso seja considerado sua localização espacial ou características genéticas proeminentes.
A formação de cada indivíduo esta propensa a ser influenciada de acordo com o universo cultural em que ele esta inserido, o que não torna o espaço geográfico um determinante, mas a sociedade que com ele convive, cada civilização tem a sociedade que escolhe que deseja durante a constituição da sua história.
O inerente caráter global do ideário anarquista o faz uma política filosófica totalmente distinta, não sendo baseado em interesses capitalistas ou imperialistas, com uma visão globalizada sem impor fronteiras políticas, comerciais ou de qualquer natureza ideológica, afastando qualquer tensão proveniente de disputas por território ou lucro comercial, o anarquismo propõe uma globalização integral, onde tudo seja mutuamente compartilhado entre todos, e não apenas prerrogativas de alguns ou de determinados países que tem suas estruturas industriais e comerciais privilegiadas e detendo o monopólio e grande vantagem nas relações comerciais internacionais.
A divulgação do conhecimento e o acesso à informação para todos é algo preconizado pelos anarquistas como fundamental para a formação de pessoas capazes de formar seus próprios conceitos e fazer juízo de valor sobre as ações e coisas dentro do ambiente social, tornando-se auto-suficientes na gestão de suas vidas. Para tanto a proposição anarquista perpassa pela idéia de educação libertária e educação integral.
O anarquismo quebra toda a cadeia de dominação desestruturando a arquitetura de poder e de divisão de classes, a classe dos endinheirados e dos sacerdotes, os lideres políticos e espirituais não encontram lugar em uma sociedade anarquista.
As codificações de conduta sempre ressaltadas de punições são descartadas pelo ideal anarquista, visto que sua funcionalidade não encontra reflexo na realidade vivenciada, mas sempre foi utilizada para privilegiar a classe dominante e nunca para favorecer a mediação de conflitos ou estabelecer a igualdade de fato.
O federalismo libertário vai muito além da condição de assembléia administrativa ou de conselho comunal para a configuração de conector de uma rede solidária que auxilia na comunicação e no apoio mutuo dos diversos grupos que fazem parte da federação. Não sendo assim um representante de grupos e seus interesses, mas participando das necessidades pessoais de cada integrante da sociedade, o que o caracteriza como política singular na competência de união ordenada para a satisfação das necessidades do indivíduo social.
A definição organizacional é definida pela dinâmica natural da vida cotidiana, visto que a participação de todos naturalmente proporciona essa ação e potencializa essas mudanças. As acepções precedentes organizacionais são consideradas induções que se complementam de forma dialética através da concepção da federação libertária.
A responsabilidade individual é inerente a cada ação operada pelo individuo, não sendo imputada a nenhum conceito de moralidade abstrata sua conduta, mas de forma concreta e objetiva a autoconsciência e os valores individuais regem a ação de cada individuo.
No aspecto dos deveres coletivos aparece a perspectiva do interesse geral, em oposição ao desejo individual. O que não é fato verdadeiro o interesse individual converge para a vontade do individuo na medida em que esse é ator ativo na coletividade e se vê refletido na ação social, na cooperativa, associação ou grupo social que emerge para a execução de qualquer ação coletiva. Onde o individuo se esforça para ultrapassar as dificuldades enfrentadas pela coletividade, que também o beneficiara no âmbito pessoal.
Assim como no âmbito individual as ações provenientes dos grupos emergentes são de total responsabilidade desses agrupamentos, toda a decorrência é de sua inteira responsabilidade os projetos ajustes e conseqüências são totalmente de seu encargo.
A operacionalidade dos agrupamentos sociais deve ser feito de forma organizada e com o máximo de empenho para que cada um possa colaborar com a sua parcela de trabalho sem onerar a ninguém, a contribuição deve ser na medida de cada um segundo a sua capacidade.
A preocupação com a formação de uma idéia político social que tenha a capacidade de dialogar com a moral social e a necessidade coletiva nos seus mais diversos aspectos, econômico, organizacional e político se mostra uma tarefa de e dificuldade extrema devido a circunstancias civilizatória e suas implicações.
O que o anarquismo propõe, em grande medida, é uma ação coletiva no sentido de mudar os valores cultuados há séculos, revolucionar o pensamento e o comportamento social na medida em que os indivíduos tenham consciência da necessidade dessa mudança e passem a desejar essa mudança. Pensamento esse que seja pautado na justiça social, na igualdade de direitos e na responsabilidade coletiva, e tenha como novo paradigma a liberdade a igualdade e a solidariedade.
 O que o anarquismo busca é sem duvida uma revolução, uma mudança profunda em todas as estruturas sociais, políticas, econômicas e éticas. Harmonizando ordem, liberdade, igualdade, paz e solidariedade.

 

 

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