Filosofia da Ciência
A
relação da ciência e da filosofia como um complemento necessário e ulterior a
construção do saber humano é apropriado a própria critica de Kant em relação a
superação da metafísica como simples afirmação sem rigor cientifico. A
filosofia antecede a ciência, e avança na formação de uma ciência racional sem
limitações para o por vir, não mais engessada em condicionantes próprios da
indução e da experiência, mas com aporte do conhecimento a priori.
Na introdução a critica
da razão pura Kant principia suas considerações afirmando que o não se pode por
em duvida a eficácia do conhecimento por meio da experiência, na medida em que
impulsiona nossas faculdades a adquirir compreensão dos fenômenos no que diz
Kant; “Não se pode duvidar de que todos os nossos conhecimentos começam com a
experiência (..)impulsionam a nossa inteligência a compará-los entre si, a
reuni-los ou separá-los, e deste modo à elaboração da matéria informe das
impressões sensíveis para esse conhecimento das coisas”
No entanto na
composição de sua analise implementa a condicionante do conhecimento que não se
origina na experiência, dada a possibilidade de construção racional e lógica do
ser cognocente.
Como exemplo Kant
apresenta a matemática onde toda a construção do saber é racional, não tendo
necessária fonte de dados a experiência, e o conhecimento empírico.
Na seção IV da
introdução a critica da razão pura, Kant demonstra a diferença entre o que ele
chama de juízo analítico e o juízo sintético.
No que diz, ” Em todos
os juízos em que se concebe a relação de um sujeito com um predicado (considerando
só os juízos afirmativos, pois nos negativos é mais fácil fazer, depois, a
aplicação), esta relação é possível de dois modos: ou o predicado B pertence ao
sujeito A como algo nele contido (de um modo tácito), ou B é completamente
estranho ao conceito A, se bem se ache enlaçado com ele.No primeiro caso chamo
ao juízo analítico, no segundo, sintético.
Segundo Kant o problema
do juízo analítico é que não acrescenta ou subtrai nada do sujeito, apenas
demonstra sua características informa sua condição. O que revela minha
consciência do sujeito e nada mais. No juízo sintético, se denomina e faz
inferência sobre o sujeito, o que é extensivo qualificador.Para Kant os juízos
oriundos da experiência são todos sintéticos.
O questionamento feito
a partir dessas afirmações é sobre a possibilidade de existirem juízos
sintéticos provenientes da própria razão, o que aponta Kant ser essa
problemática envolvendo o juízo sintético e analítico como a elucidação dos
problemas metafísicos que até o momento, de acordo com o pensador, estavam em
uma situação duvidosa em relação ao rigor dos métodos adotados para as
proposições.
No que diz Kant; “A
vida ou morte da Metafísica depende da solução desse problema, ou da
demonstração de que é impossível resolvê-lo”
A metafísica sempre
acompanhara o homem e sua condição de especular o que está além da sua
compreensão adquirida, é um impulso ao desconhecido, formando novas possibilidades
e saberes. E é n a critica que se origina a ciência, através do uso da razão, sem dogmas e postulados céticos.
“Não se necessita grande
abnegação para renunciar a todas essas pretensões, posto que as evidentes e
inevitáveis contradições da razão consigo mesma no processo dogmático, causaram
por largo tempo o descrédito da Metafísica.”
A proposição de um
conhecimento “a priori” possibilita o avanço da ciência na medida em que se
consolidaram métodos de investigação e de pesquisa cientifica a partir de
trabalhos realizados anteriormente, outro sim, a metafísica firma-se como
ciência capaz de elucidar questões e desenvolver saberes que não seriam
possíveis sem o aporte.
Referencia
bibliográficas:
Kant, Immanuel. Critica da razão
pura. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/6967030/Kant-Immanuel-Critica-da-Razao-Pura>
Acessado em: 02/11/2011.
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