segunda-feira, 11 de julho de 2011

Hegel e o estado como espírito objetivo

Hegel compreende o Estado como resultado do desenvolvimento natural e histórico da sociedade, o processo transcorrido durante a evolução das civilizações é consolidado em um estado de direito constituído. O individuo que não faz parte desse Estado não acompanha o processo de desenvolvimento humano, e não tem consciência de si mesmo, sendo necessário se integrar ao Estado que é o único sistema que possui valores e leis universais capazes de conduzir a humanidade através da história de forma segura e justa no processo histórico social. A ação individual desvinculada dos preceitos ditados pela constituição politica do estado não possuem maturidade e objetividade capazes de garantir à liberdade e a justiça dos indivíduos, sendo necessária a obediência às leis instituídas pelo estado que iram conscientizar o individuo do seu lugar próprio na sociedade. A não aceitação ou revolta de qualquer que seja os preceitos instituídos, não são tolerados, apenas os órgãos competentes, (legislativo), do estado podem alterar o questionar as leis constituídas. Para Hegel a ética deve ser regulada pelo estado e o individuo social apenas deve assimilar e aprender as normas comuns, pois são em ultima analise a vontade e os costumes sociais, não estando assim em desacordo com a vontade do sujeito, que é uma ética de direitos formatada por um estado de direito. Ao estado compete a normatização social.
Hegel compreende o individuo como parte de um todo social e sua moral é fruto da sua história e manifestação, não com um ser isolado, mas fruto de suas relações e do convívio social de forma a dialogar com os entes sociais durante esse processo.
Hegel vê na história esse dialogo, e a história não é apenas o registro de fatos ocorridos, mas através do que Hegel chama de compreensão dialética, é o propulsor dos fatos e de como eles são interpretados pelo uso da razão dialética. Pela qual somente assim se pode compor as instituições e o vir a ser social, sem essa compreensão do tempo e da história as coisas seriam sucessão de fatos aleatórios.
Para Hegel a história é pragmática em um caminho a seguir, assim como o entendimento do homem. Não podendo definir o futuro, mas decodificar o presente através da razão dialética, e do entendimento do passado, o que ocasiona uma conciliação com o presente.
Para Hegel o tempo é uma construção unitária que remete em um processo totalizador da história. O que conclui que cada momento histórico é necessário e se tornam particular e sequencial, independente da vontade do individuo, o individuo está subordinado ao seu tempo.
A leitura de Hegel da história é condicionada a dois fatores em especial:
Primeiro, temos que aceitar a história como fato verdadeiro.
Segundo, os fatos históricos obedecem a uma sequencialidade necessária e indefectível, em uma lógica evolucionista movida de grande otimismo e um pragmatismo exagerado.

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