sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Immanuel Kant- Critica da razão pura


 Filosofia da Ciência

A relação da ciência e da filosofia como um complemento necessário e ulterior a construção do saber humano é apropriado a própria critica de Kant em relação a superação da metafísica como simples afirmação sem rigor cientifico. A filosofia antecede a ciência, e avança na formação de uma ciência racional sem limitações para o por vir, não mais engessada em condicionantes próprios da indução e da experiência, mas com aporte do conhecimento a priori.
Na introdução a critica da razão pura Kant principia suas considerações afirmando que o não se pode por em duvida a eficácia do conhecimento por meio da experiência, na medida em que impulsiona nossas faculdades a adquirir compreensão dos fenômenos no que diz Kant; “Não se pode duvidar de que todos os nossos conhecimentos começam com a experiência (..)impulsionam a nossa inteligência a compará-los entre si, a reuni-los ou separá-los, e deste modo à elaboração da matéria informe das impressões sensíveis para esse conhecimento das coisas”
No entanto na composição de sua analise implementa a condicionante do conhecimento que não se origina na experiência, dada a possibilidade de construção racional e lógica do ser cognocente.
Como exemplo Kant apresenta a matemática onde toda a construção do saber é racional, não tendo necessária fonte de dados a experiência, e o conhecimento empírico.
Na seção IV da introdução a critica da razão pura, Kant demonstra a diferença entre o que ele chama de juízo analítico e o juízo sintético.
No que diz, ” Em todos os juízos em que se concebe a relação de um sujeito com um predicado (considerando só os juízos afirmativos, pois nos negativos é mais fácil fazer, depois, a aplicação), esta relação é possível de dois modos: ou o predicado B pertence ao sujeito A como algo nele contido (de um modo tácito), ou B é completamente estranho ao conceito A, se bem se ache enlaçado com ele.No primeiro caso chamo ao juízo analítico, no segundo, sintético.
Segundo Kant o problema do juízo analítico é que não acrescenta ou subtrai nada do sujeito, apenas demonstra sua características informa sua condição. O que revela minha consciência do sujeito e nada mais. No juízo sintético, se denomina e faz inferência sobre o sujeito, o que é extensivo qualificador.Para Kant os juízos oriundos da experiência são todos sintéticos.
O questionamento feito a partir dessas afirmações é sobre a possibilidade de existirem juízos sintéticos provenientes da própria razão, o que aponta Kant ser essa problemática envolvendo o juízo sintético e analítico como a elucidação dos problemas metafísicos que até o momento, de acordo com o pensador, estavam em uma situação duvidosa em relação ao rigor dos métodos adotados para as proposições.

No que diz Kant; “A vida ou morte da Metafísica depende da solução desse problema, ou da demonstração de que é impossível resolvê-lo”
A metafísica sempre acompanhara o homem e sua condição de especular o que está além da sua compreensão adquirida, é um impulso ao desconhecido, formando novas possibilidades e saberes. E é n a critica que se origina a ciência, através do uso da  razão, sem dogmas e postulados céticos.
“Não se necessita grande abnegação para renunciar a todas essas pretensões, posto que as evidentes e inevitáveis contradições da razão consigo mesma no processo dogmático, causaram por largo tempo o descrédito da Metafísica.”
A proposição de um conhecimento “a priori” possibilita o avanço da ciência na medida em que se consolidaram métodos de investigação e de pesquisa cientifica a partir de trabalhos realizados anteriormente, outro sim, a metafísica firma-se como ciência capaz de elucidar questões e desenvolver saberes que não seriam possíveis sem o aporte.
Referencia bibliográficas:
Kant, Immanuel. Critica da razão pura. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/6967030/Kant-Immanuel-Critica-da-Razao-Pura> Acessado em: 02/11/2011.

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