terça-feira, 12 de julho de 2011

A história e o homem


Durante a história da humanidade houve diferentes maneiras de se compreender o homem, tanto no que se refere a sua condição subjetiva como nas suas relações sociais. Porém se faz evidente a condição primeira do homem que é de ser um agente ativo no meio em que vive o homem não é um personagem passivo na história, ele a constrói e a desenha de acordo com os seus valores e com o ambiente em que vive.  Influenciando e sendo influenciado pelo meio social em que vive.
Os valores sociais são em grande medida, a soma dos valores dos indivíduos que compõe a sociedade.
Na Grécia antiga, apesar das preocupações em relação ao bem estar e dos direitos e deveres do cidadão, não podemos nos esquecer de que a economia grega era baseada na utilização de escravos como mão de obra, uma sociedade onde a economia era escravocrata. Então o homem grego era o centro das questões antropológicas, mas os escravos não eram considerados homens sim animais. A distinção entre classes e a desigualdade social são características marcantes na história dos estados organizados, a defesa e legitimação das oligarquias são preservadas pela força da espada.
Rousseau fala do grande mentiroso que cerca um pedaço de terra e fala isso é meu, e acha um bando de pessoas ingênuas o suficiente para acreditar. E segue “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se acorrentado”. Proudhon nos fala da propriedade privada e o roubo, de forma a demonstrar uma analogia entre ambos os princípios. E afirma que a propriedade privada é um roubo e ladrão é quem a possui.
Bakunin nos fala da formação do poder como agente de corrupção do homem, para o pensador o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente.
A forma como a sociedade se organizou e está estruturada é o grande problema social, as sociedades antigas e atuais não formaram sistemas políticos com base nas questões de ordem sociológicas mas apenas econômicas, as relações sociais são fruto da necessidade econômica e da manutenção do individuo na comunidade. Assim se produziram sistemas políticos deficientes e sem nenhum compromisso com as relações sociais que não ultrapassa a manutenção da economia. A sociedade capitalista surgiu através dessa ótica, claro que a diversas causas e acontecimentos históricos envolvidos, que não compõe a busca pela felicidade do homem.
Pensar a sociedade como ela se apresenta hoje é, de certa forma, lançar um olhar ao passado, e compreendermos o legado que nos foi passado.
Se hoje a sociedade capitalista, ou o capitalismo de estado que é o chamado “marxismo”, é composta de indivíduos que não tem seus valores baseados na igualdade , liberdade , solidariedade , justiça social  proporcionando a busca pela felicidade a todos os atores sociais, é fruto de um sistema com bases unicamente economicistas. Onde o que importa é produzir e consumir, muitas vezes não importando o que se consome nem tão pouco o que se produz.
Porém o homem não é o “homem econômico”, as necessidades econômicas não são um fim em si, são uma condição constante para todos. O homem é “o homem social” e a estrutura organizacional das sociedades deve ser pensada a partir dessa condição humana. 

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