segunda-feira, 11 de julho de 2011

O conhecimento na alegoria da caverna

Introdução


Este trabalho tem como proposta apresentar as inquietações filosóficas do pensador Platão em relação ao processo de construção do conhecimento. Inquietações estas que proporcionaram uma das obras mais importantes da história da filosofia, A Republica, e é no contexto dessa obra que está o objeto de nosso trabalho, o conhecimento na alegoria da caverna.
A teoria das formas e uma síntese das idéias de Platão, onde o pensador imprimiu suas constatações e demonstrou suas idéias, dentro do contexto da dicotomia do ser que Platão elaborou. O corpo e a alma conhecimento, o mundo sensível e o mundo das idéias é o que nos apresenta Platão na alegoria da caverna. O conhecimento para Platão somente pode ser adquirido de forma parcial, devido à condição em que o homem se encontra, podemos recordar em partes das memórias que nos foram impressas em nossa alma em quanto estávamos em outro plano onde a alma contempla as idéias de forma clara e objetiva. Coisa esta que o mundo sensível não nos permite obter de forma total, mas apenas recordarmos parcialmente

A alegoria da caverna


Platão nos exemplifica suas considerações de como podemos alcançar o conhecimento e como ele se processa em nossas vidas através da teoria das formas. Onde narra como o homem se encontra condicionado no mundo sensível longe do mundo ideal onde sua alma já habitou e pode contemplar as idéias verdadeiramente.
Platão nos convida a refletir através da alegoria da caverna, em sua obra a republica, de modo a imaginarmos que os homens nascem acorrentados, presos por grilhões em uma caverna onde são condicionados a permanecerem de uma única forma. As corrente são postas de tal forma que não podem virar nem se mexer, o rosto permanece sempre virado para a parede da caverna. Porém na entrada dessa caverna existe uma passagem onde permite a entrada de uma luz fraca que se reflete nas paredes da caverna. E assim se passa geração após geração, a humanidade aprisionada nessa caverna sem poder se mover ou ter contato direto com o mundo exterior.
No interior da caverna foi erguido um muro onde passam diversas pessoas carregando estatuas de homens, animais entalhados em pedra, madeira e de diversas formas e tamanhos, entre os carregadores uns falam outros ficam calados. Não são vistos pelos habitantes da caverna, pois os homens acorrentados não podem virar-se ou se desprender das correntes. Um muro recobre os homens transportadores dos objetos, que proporcionam um espetáculo semelhante ao de um espetáculo de marionetes nas paredes da caverna subindo e descendo carregando seus objetos. Na entrada da caverna existe uma fogueira que é mantida acessa fazendo com que sua luz reflita as sombras dos objetos nas paredes da caverna, que são observadas atentamente pelos homens.
Os homens durante sua vida comentam e fazem referencia as vozes e os objetos que vêem refletidos na parede acreditando que é a única realidade existente.
Em um dado momento um dos homes libertado de suas correntes e obrigado a ficar em pé, na tentativa de curá-lo de sua ignorância, o homem liberto é obrigado ao olhar os objetos que visto apenas refletido nas paredes da caverna. Platão questiona se não ficaria confuso e sobre tudo envergonhado, esse homem ao perceber que as coisas que havia visto até então eram apenas sombras das coisas reais. E se o tirassem da caverna a força, obrigando-o a subir a íngreme passagem da caverna para o mundo real, como poderia olhar o mundo real senão com muita dificuldade com os olhos ofuscados como brilho do sol, já que seus olhos estavam costumados com a escuridão da caverna. Somente após algum tempo poderia abrir os olhos e observar o mundo e as coisa como elas realmente são. Visto que suas certezas anteriores sobre como eram as coisas e suas formas, agora não passa de equívocos, o homem liberto sente-se envergonhando e tolo. O homem é conduzido novamente para o interior da caverna e colocado em seu lugar de origem junto com seus companheiros que passam o tempo a comentar sobre as imagens que passam nas paredes da caverna.  Ora sabendo da situação a que todos seus companheiros estão condicionados, o homem que teve a contato com o mundo real faz inferências nos comentários a fim de esclarecer os demais dos erros a que estão levados a cometer sobre a verdade das coisas. Seus companheiros ririam dele e após um período de embates constatando que seu companheiro já não conseguia acompanhá-los, nas interpretações das sombras após sua ida ao mundo exterior, se tentassem libertar esses homens de seus grilhões para ter contato com o mundo exterior, provavelmente resistiriam, e se pudessem lançariam mão de quem tentasse libertá-los e o matariam.

Conclusão


A figura dos homens aprisionados na caverna eu não podem ver a verdadeira forma das coisas para Platão somos-nos, que estamos aprisionados em nossos corpos e no mundo sensível que nos permite apenas vermos de forma turva as coisas reais, como sombras nas paredes.
Porém temos um impulso de preconizar a verdade das coisas através de nossa alma, que almeja alcançar o mundo das idéias. No entanto Platão acredita que não podemos alcançar a verdade ideal devido à imobilidade que se encontra nossa alma presa nos grilhões de nosso corpo e no mundo dos sentidos, que reduz a felicidade e o bem real as imperfeições das certezas do mundo sensível. As certezas que o mundo sensível nos apresenta, impossibilita contemplar o mundo ideal, para Platão apenas através do intelecto podemos refletir sobre as coisas em si, sem a interferência das percepções materiais. A filosofia a busca pela verdade, é essa subida da caverna, muito difícil e esgrime, mas que proporciona o contato com o mundo real o mundo ideal e o bem verdadeiro que habilita ao conhecimento de todas as coisas. Para Platão é através da dialética que podemos contemplar o mundo das idéias, a reminiscência o recordar aquilo que ficou impresso em nossas almas. E ao retornar ao mundo sensível o filosofo o pensador tem o dever de partilhar esse conhecimento com seus pares.  . Platão da origem as questões epistemológicas, ou a teoria do conhecimento. O conhecimento real para Platão é inato, e esta em nossas almas podendo ser alcançado em partes através de um esforço de reflexão.

Referencias Bibliográficas


Lazarini, Ana Lucia. “Platão e a educação: um estudo do livro VII de, A República”. Dissertação de mestrado. Universidade Estadual de Campinas. 2007.
Alves, João Bosco da Mota. Teoria geral de sistemas. UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Sistemas de informação – 2005. Disponível em:
<http://www.inf.ufsc.br/~juliogr/Trabalho01_grupo6.htm>. Acessado em: 12/05/2009.
<http://www.guatimozin.org.br/artigos/mitos.htm.>>. Acessado em: 10/05/2009.
<http://educacao.uol.com.br/filosofia/teoria-do-conhecimento-platao>>. Acessado em: 10/05/2009.
<http://eticapoetica.blogspot.com/2007/06/alegoria-da-caverna-de-plato-e-os-dias.html>. Acessado em: 10/05/2009.

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