terça-feira, 19 de julho de 2011

A república de Platão

O contexto dessa obra trata da formatação e discussão da cidade perfeita idealizada por Platão, bem como suas considerações sobre a elaboração e conceituação dos valores a serem adotados pelos habitantes da cidade perfeita.
Platão apresenta as virtudes que possibilitariam a formação da cidade ideal. A justiça, a coragem e a sabedoria são apontadas por ele como elementos fundamentas a constituição dessa cidade perfeita.
A justiça cidadã é promovida através da execução dos deveres e direitos de cada individuo, de acordo com suas aptidões e habilidades os indivíduos são identificados e separados em classes distintas, sendo incumbidos de desenvolver suas atividades sem interferir nas obrigações dos outros habitantes das cidades.
A coordenação e administração da cidade cabem a uma classe distinta das demais, os guardiões, e somente esse podem interferir nas rotinas da cidade ou promover qualquer mudança sempre para o bem estar da cidade e na melhora na vida de todos.
No entanto Platão começa aqui a questionar a viabilidade de seu projeto. A cidade perfeita foi idealizada, mas seria possível executá-la de fato?
Para esclarecer essa questão Platão promove um dialogo entre Sócrates, Glauco e Adiamanto. Expõe alguns pontos que ainda não haviam sido abordados.  A questão de como a mulher seria colocada na cidade ideal e qual seria seu papel.  Quais seriam suas obrigações para com a comunidade e seus direitos como cidadã, em quais classes poderia participar. Após uma discussão entre os atores do livro, Sócrates que anuncia as conclusões define que as mulheres terão os mesmos diretos eu os demais cidadão visto que a cidade perfeita prioriza a justiça.
Os dirigentes das cidades devem ser filósofos detentores do conhecimento verdadeiro, seus atributos devem ser diferenciados como ser belos e bons.
Os dirigentes possuem o poder político da cidade e deve possuir o conhecimento real o saber filosófico, pois não pode deliberar por intermédio de opiniões. Onde a questão do conhecimento verdadeiro é o anuncio da proposição da teoria das idéias de Platão.
O guardião devera ser dotado de aptidões naturais para a filosofia e o gosto pelo saber, distinguido-se  dos demais ,  somente assim poderá  fazer parte da classe cidadã que terá uma educação voltada para o conhecimento filosófico na projeção de tornar-se um rei filosofo ou guardião da cidade perfeita.
A cidade tem que ser dirigida por que detém o conhecimento real das coisas e compreende o que é bom, virtude que proporciona o verdadeiro sentido da justiça. Os guardiões da cidade perfeita são perseguidores da verdade, promotores da justiça, guerreiros de coragem ímpar, e sábios pacientes e cuidadosos.
Ora ao eleger todas essas qualidade dos guardiões nota-se que a realidade que lhes cerca há na verdade um distanciamento abismal da cidade perfeita e a cidade real e já instituída. Ora os governantes das cidades não são filósofos, nem tampouco primam por zelar pelo bem e pelo que é bom. Mas dão vazão a ganância o enriquecimento e a corrupção. Somente através da ascensão de um rei filosofo poder-se-ia almejar uma mudança na configuração dessa realidade.
Mas como uma sociedade que vive aprisionada na escuridão da sua própria ignorância poderia acreditar em alguém esclarecido e com proposições tão elevadas e diferentes das que estão acostumados a ouvir e debater. E é através da alegoria da caverna que Platão demonstra como isso se configura.
Entre as proposições de Platão estão às definições do que é o bem real, a justiça e todas as virtudes que devem ser parte da formação do caráter de cada cidadão da cidade perfeita.
Através da comparação dos contrários, da lógica e da probabilidade, nas discussões entre Sócrates e seus inquisidores, é esclarecida as considerações sobre as virtudes.  Define então que é o belo o bom e justo.
Platão utiliza uma metáfora para demonstrar o estado de coisas como são e a possibilidade de mudança através da educação do conhecimento pleno e verdadeiro, a alegoria da caverna uma síntese desse ideário que Platão propõe.
A conquista da educação ideal do conhecimento pleno e verdadeiro é o caminho potencial para formação de cidadãos preparados para a construção de uma cidade perfeita. Embora apenas potencialmente, Platão demonstra que é na educação que reside à esperança de mudança e de transformação para um estado de coisas melhor e mais justo. E quem pode conduzir a cidade para essa mudança é o filosofo rei.
Como forma pessoas com as características ideais para serem filósofos.
Dadas as inúmeras dificuldades em encontrar pessoas aptas para o ensino necessário para formar um rei filosofo e o tempo que seria gasto nessa empreitada, Sócrates conclui que a solução está nas crianças.  Para Platão a primeira ação deve ser expulsar todos os indivíduos adultos da cidade e procurar entre as crianças as mais graciosas, as que possuem coragem e equilíbrio para tomá-las como candidatas a se tornarem guardiãs da cidade.
Após uma preparação rigorosa com ênfase em ciências como matemática, dialética e política, aos 50 anos de idade se encera o ciclo de educacional do guardião da cidade. Então ele poderá governar a cidade e preparar seus sucessores.
Platão coloca em evidencia as ciências como a dialética e a matemática, e as estabelece como fundamental para a formação do rei filosofo. Para Platão essas ciências têm um grau mais elevado por se tratar de conhecimento intelectivo, estando livre da interferência dos sentidos e do conhecimento empírico.
 O filosofo, para Platão, tem que estar em profunda reflexão para conceber o conhecimento real e verdadeiro, não podendo assim ser induzido ao erro de interpretação através dos sentidos e do mundo sensível.
Referencias bibliográficas
 Gomes, Igor Cesar F. A. “A República de Platão” - Livro I” Disponível em:<http://www.scribd.com/doc/3329996/Aula-1-A-Republica-de-Platao-Livro-I>
Coelho, Leandro Anésio.Revista Acadêmica Multidisciplinar”.Disponível em:<http://www.urutagua.uem.br//006/06coelho.htm>
Pismel, Ana. ”A Republica livro V”.Disponível em:<http://recantodasletras.uol.com.br/trabalhosacademicos/815196>
Disponível em: “Platão e a República como Cidade Justa” <http://www.filosofiaparatodos.kit.net/vest-platao.html>


Nenhum comentário:

Postar um comentário