sábado, 18 de junho de 2011

Como se origina o conhecimento da experiência ou da razão?.



O empirismo cujo um grande expoente foi John Locke, (John Locke é considerado o principal figurante do empirismo. Com sua corrente, denominada Tabula Rasa, afirmou que as pessoas desconhecem tudo, mas que através de tentativas e erros aprendem e conquistam experiência. Sua corrente também originou o behaviorismo que busca o entendimento dos processos mentais internos do homem. (Cobra)),valorizando a experiência como fonte de conhecimento, considera que o nosso conhecimento é fruto das informações provenientes das nossas experiências, que através dos nossos sentidos fornece informações necessárias para a construção das idéias.
O que caracteriza que o saber é formado após a obtenção das informações através das experiências vivenciadas, portanto se reduz a frutos das nossas experiências. Apenas a matemática escapa dessa conotação embora suas representações seguem sendo cópias das experiências anteriores.
" Os pontos, as linhas, os círculos que cada um tem no espírito são simples cópias dos pontos, linhas e círculos que conheceu na experiência"
Stuart Mill 
Assim, "a linha recta seria uma simples cópia do fio de prumo, como o plano, simples cópia da superfície do lago, o círculo da lua ou do sol, o cilindro do tronco de árvore e a noção de número deriva da percepção empírica de colecções de objectos." (Ribeiro e Silva, 1973, p. 390).
Os empiristas são questionados pelos racionalistas, que argumenta que o verdadeiro conhecimento é fruto do próprio pensamento e a rigor tem que ser logicamente necessário e universalmente válido. Portando assim como a matemática que tem origem na razão todo conhecimento deve ser compreendido dessa perspectiva visto que as proposições empíricas são apenas opiniões e não conhecimento verdadeiro. O que leva a acreditar que possuímos idéias inatas que não necessitam de experiências para formulá-las, mas sim são pensamentos frutos do próprio pensamento. Como a idéia de Deus e imortalidade, por exemplo, não vivenciamos ou experimentamos, mas podemos formular essas idéias.
O conhecimento, assim entendido, supõe a existência de idéias ou essências anteriores e independentes de toda a experiência.
Na verdade a razão constrói nosso conhecimento a partir de considerações extraídas do mundo ao nosso redor através de nossos sentidos, bem como de considerações e teorias anteriormente desenvolvidas a qual passamos a ter contato, o que Kant chama de categorias do conhecimento que são as que formulam as leis da razão.
“É o próprio espírito que, graças às suas estruturas a priori, constrói a ordem do universo. Tudo o que nos aparece bem relacionado na natureza, foi relacionado pelo espírito humano.” (Immanuel Kant).
O modo como Kant definiu a lógica está estritamente relacionado com a forma como ele desenho o seu idealismo transcendental onde certifica que há uma dualidade entre entendimento e sensibilidade, onde basicamente nosso conhecimento tem seu conteúdo adquirido de duas fontes: intuição e conceito.
O conhecimento intuitivo se processa na medida em que nossa sensibilidade é afetada por objetos dos quais estabelece alguma relação ou contato, enquanto os conceitos são formados através do entendimento espontâneo.
E é na correspondência dessas duas formas de se conceber o entendimento, conceito e intuição, que se apresenta o conhecimento de fato.

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