Friedrich Nietzsche faz uma abordagem crítica aos valores morais de forma ontológica, desmistificando os conceitos e as bases propostas pelos pensadores moralistas e o senso comum em relação à moral. Demonstra como os valores são criados e a quês fins eles servem.
Segundo Nietzsche, o verdadeiro propósito dos conceitos morais está na sua utilização pra a dominação, e sua fundamentação teórica é uma ilusão criada para conduzir as pessoas ao servilismo através de mentiras que sirvam ao propósito da agregação civilizatória onde alguns se serem da ignorância de muitos, conduzirem assim uma obediência incontestada.
No que diz: “A existência de rebanhos humanos é imoral (confrarias sexuais, comunidades, tribos, nações igrejas, e estados) e sempre houve um grande número de homens que obedecem a um pequeno número de chefes. Nietzsche
Não sendo assim fruto de vontade individual ou a serviço do bem, mas por puro utilitarismo ou ignorância de uma compreensão das necessidades do homem, a começar por excluir suas paixões como sentimentos inconvenientes para a formatação de uma moral natural.
“A evolução marcha, portanto, de modo tão limitado como titubeante, lenta e freqüentemente regressiva, já que o instinto gregário da obediência é o que se herda mais facilmente e o que prospera à custa da arte de mandar.” (Nietzsche)
Fala sobre como é o estado moral da européia moderna, definindo como hipócrita e a serviço dos mandatários. Contesta as afirmações dos filósofos que buscam um sentido para a moral, acreditando que seu foco não está voltado para o homem e seus valores reais, mas sim cheios de ranço de uma tradição viciada a serviços da aristocracia e do estado.
“Não pode haver moral do "amor ao próximo" eu quanto o olhar permaneça fixo na observação da humanidade, enquanto se considere imoral apenas o que parece ameaçar a sobrevivência da coletividade: enquanto o utilitarismo das avaliações morais permanecer subordinado unicamente à utilidade do rebanho.” (Nietzsche)
Nietzsche fala de um entendimento moral real, sobre os valores humanos, que esteja liberta dos preconceitos e das ideologias, que são mascaras que escondem a realidade vivenciada e não servem como base para uma reflexão moral comprometida com a realidade do individuo.
A uma referência aos espíritos livres que podem de fato ir além do bem e do mal, e compreender o que ele diz sobre uma moral verdadeira e sua critica a hipocrisia da criação de uma moral coletiva e de deveres compulsórios.
Referências:
Friedrich Wilhelm Nietzsche, Além do Bem e do Mal ou
Prelúdio de uma Filosofia do Futuro. Copyright 2.001 by Hemus S.A. Márcio Pugliesi.USP.
Dísponivel em : http://www.scribd.com/doc/337826/nietzsche-alem-do-bem-e-do-mal
Acessado em: 16/10/2010
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